Rombo do Igeprev pode ajudar PF a desvendar esquema de lavagem de dinheiro em fundos de todo o País

01/12/2015 01/12/2015 10:49 2025 visualizações

O rombo do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev) pode ajudar a desvendar esquema milionário de lavagem de dinheiro em fundos por todo o País. A Polícia Federal (PF) está rastreando os mais de R$ 1 bilhão investidos pela entidade em fundos sem solidez e liquidez. A informação foi divulgada no fim da tarde de segunda-feira, 30, pelo site da revista de circulação nacional Época. De acordo com a revista, desvendado pela Operação Miqueias, da PF, em 2013, o esquema foi usado por políticos e empresários para ocultar dinheiro de corrupção.

A matéria do periódico lembra que o Ministério Público do Tocantins (MPE) já conseguiu bloquear R$ 250,8 milhões em bens de ex-gestores e empresas, responsáveis pela aplicação de recursos da previdência em fundos irregulares. A Época cita ainda a sindicância realizada pelo Igeprev que constatou os investimentos em fundos sem qualquer análise de risco e fora dos limites permitidos por lei. Ao CT, o gestor da entidade, Jacques Silva, afirmou em outubro que o prejuízo já é de R$ 300 milhões, diferente dos R$ 263 milhões identificados inicialmente.

Na matéria, a revista elenca alguns fundos os quais o Igeprev aplicou recursos de forma irregular. Seis foram alvo das investigações que levaram a Polícia Federal a deflagrar a Operação Miquéias em 2013: Adinvest Top, FI Diferencial, Fidc Trendbank Fomento Multisetorial, Vitória Régia, Patriarca Private. Ainda são citadas a BFG Porcão e o Viaja Brasil, que tinha como um dos principais investidores o doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato. Ao todo 34 fundos estavam irregulares.
Época ainda ressalta que três ex-presidentes do Igeprev já respondem pelas irregularidades na Justiça e que também são réus em todas as ações e tiveram bens bloqueados nas oito liminares o ex-presidente do Conselho de Administração do Igeprev e atual deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (PTB).

Fonte: Portal CT