Palmas: No Tocantins estudantes saem às ruas e cobram recursos da Educação

10/05/2016 10/05/2016 14:42 1507 visualizações
Estudantes da rede estadual das escolas CEM Santa Rita de Cássia e da ETI Rachel de Queiroz realizaram protesto na Região Sul da Capital nesta terça-feira, 10 de maio. Com palavras de ordem os estudantes cobraram explicações do governador Marcelo Miranda sobre "onde estaria os recursos da Educação". Os secundaristas também pediram melhorias para a Educação, atenção quanto à merenda escolar e valorização dos professores/as.

Os estudantes disseram apoiar a operação dos professores de redução da hora/aula. Entre os diversos cartazes, um destacava a frase "Professores Desmotivados, Alunos prejudicados". Os estudantes culpam o governo pelos prejuízos à educação pública.  Alguns alunos denunciaram que sofreram retaliações por parte da diretoria da Escola Rachel de Queiroz. O SINTET emitiu uma nota sobre o assunto. Confira:

NOTA DO SINTET

O SINTET vem a público elogiar a coragem e a determinação dos alunos gremistas do movimento estudantil secundarista em Palmas, das escolas estaduais CEM Santa Rita e ETI Raquel de Queiroz que interromperam as aulas e foram às ruas na manhã desta terça-feira, 10, em apoio à pauta da valorização e da qualidade da educação. Os alunos compreendem a situação degradante das condições de trabalho dos educadores e que isso afeta diretamente a qualidade do ensino. A juventude mais uma vez mostra a sua cara exigindo respeito, liberdade, dignidade e educação de qualidade como ferramenta para garantir o seu futuro.

No entanto é de se lamentar a atitude antidemocrática do diretor do CEM Raquel de Queiroz, Gilton Cardoso Moreira, que abusivamente e ditatorialmente persegue os alunos que estudam naquele CEM, chegando até o absurdo de suspender um aluno, deu advertência a outro, todos líderes do movimento, tipo de ação que só se viu nos áureos tempos da ditadura militar no Brasil. Para constrangê-los e sob ameaça os alunos foram notificados de provas e entregas de trabalho nesse mesmo dia, como forma de tentar enfraquecer o movimento. Tudo isso, contudo, não foi suficiente para barrar a esperança e garra desses estudantes.

A exemplo do que ocorre em São Paulo e Rio de Janeiro, alunos ocupam suas escolas exigindo merenda de qualidade, mais investimentos na educação, dignidade aos trabalhadores em educação e ensino de qualidade, que só se dá mediante a valorização dos profissionais que atuam na escola.

A juventude mostra sua indignação, exigem ainda escola laica, que respeite o indivíduo, que valorize a democracia (como a possibilidade deles próprios escolherem livremente os gestores de suas escolas), enfim, um novo tempo de luta nasce da esperança desses jovens. Com luta e esperança faremos um Tocantins melhor, com educação de qualidade!
Avante.

Palmas-TO, 10 de Maio de 2016.
Joelson Pereira dos Santos
Presidente do SINTET Diretoria Regional de Palmas