Oficina sobre Educação Integral em Sexualidade encerra encontro dos Coordenadores Nacionais do Projeto DST/AIDS da CNTE

09/06/2016 09/06/2016 13:49 921 visualizações

Publicado em Quarta, 08 Junho 2016 10:29

Natal/RN – No último dia do Encontro dos Coordenadores Nacionais do Projeto DST/AIDS da CNTE, a programação foi dedicada a atividades participativas de avaliação e planejamento. Além de permitir uma imersão no tema “Todos por um mundo sem HIV/Aids”, também foi possível que cada participante fizesse uma auto-análise sobre as posturas pessoais com relação à temática, contribuindo para desconstruir comportamentos e práticas discriminatórias.

As oficinas aplicadas oportunizaram o contato dos participantes com conceitos e marcos referenciais da educação integral em sexualidade e da prevenção ao HIV/Aids. O coletivo que acompanha o projeto há 8 anos atualizou seus conhecimentos teóricos e práticos através de debates e técnicas participativas para dinâmica do grupo.

O ponto de partida foi a exibição do filme “Kids”, uma produção norte-americana que retrata a realidade de adolescentes que vivem na periferia de uma grande cidade e que convivem expostos ao uso de drogas e à prática de sexo não seguro. Assim foi traçado um paralelo com a realidade vivenciada pelos adolescentes que frequentam as escolas públicas abrangidas pelo Projeto.

Para Filippo Almeida, articulador de Direitos Humanos da ONG GAM (Grupo de Adolescentes Multiplicadores) e Educador em Saúde Sexual e Reprodutiva, que foi o facilitador da oficina, o momento é extremante delicado porque corremos o risco de ter retrocessos no enfrentamento à Aids no Brasil. Ele alerta para que a retirada do país da delegação do Fórum de Alto Nível sobre Aids das Nações Unidas, pela primeira vez na história, pode ser o início do processo de desmanche das políticas públicas de saúde. “Quando uma entidade com a representatividade da CNTE, se propõe a realizar investimentos para manter vivo o debate sobre essa pauta, os educadores e militantes da luta ganham um importante aliado na promoção e defesa dos direitos das pessoas vivendo com HIV/Aids.”, avalia.

O evento foi finalizado com uma avaliação muito positiva sobre os avanços que o projeto tem obtido. Se por um lado ainda enfrenta dificuldades orçamentárias para realização de atividades e produção de materiais, por outro lado, tem sido possível estabelecer parcerias com esferas de governo e sociedade civil, além de conquistar uma maior receptividade por parte das direções sindicais, que é fator preponderante para o sucesso dessas ações especialmente num cenário político que anuncia um horizonte mais difícil do ponto de vista político e social no próximo período.

“É impossível chegar aos Encontros desse coletivo e não sermos transformados pelo aprendizado e troca de experiências. Para a direção do nosso Sindicato, os recursos aplicados nesse projeto não são gastos e sim investimentos”, comemorou a representante do SINTEPE/PE, Marinalva Lourenço.

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