NOTA DO SINTET SOBRE A GREVE DA EDUCAÇÃO NA REDE ESTADUAL

18/08/2016 18/08/2016 15:16 3965 visualizações

Governo não passa confiança ao dizer que não tem orçamento para pagar a data-base


O SINTET informa que a greve dos/as trabalhadores/as da rede estadual de educação iniciada na última quarta-feira, 10, continua por tempo indeterminado, já que o governo estadual até o momento não apresentou uma proposta satisfatória ou ao menos convincente à categoria. Não basta dizer que não vai pagar a data-base por que não tem orçamento.

O governo fala que não tem orçamento para pagar a data-base, mas estudo técnico afirma que a arrecadação foi maior que o ano passado, além disso:
 

  • Concedeu aumento na gratificação por desempenho de chefia em mais de 70% e mantém mais de 18.000 contratos temporários.
  • Elevou e progrediu carreiras e salários, cujos tetos são dos de Ministros do STF; Aumentou o repasse aos demais poderes sem cobrar deles medidas de economia e revisão de carreiras.
  • Todos os dias o Diário Oficial publica nomeações de cargos em comissão, fora os gastos de mais de R$ 47 milhões com publicidade.


O governo vetou a eleição democrática de diretores de escola mantendo a escolha utilizando critérios políticos (leia-se apadrinhamento), o que torna as escolas verdadeiros currais eleitorais, um absurdo, não vivemos mais a Era do coronelismo.
Outro absurdo foi fundir a Secretaria da Educação (Seduc) com a de Esportes e Juventude, utilizando a mesma estrutura da educação para outras áreas. O governo extinguiu Secretarias, porém mantém seus ocupantes com os mesmos salários só que em outras unidades.

A falta de gestão emplacada neste governo é vexatória, a exemplo citamos algumas como: A apropriação dos descontos dos empréstimos consignados e não repassado aos bancos; O desconto do PlanSaúde, e o não repasse a operadora do plano, deixando negativado o nome dos/as trabalhadores/as junto as instituições financeiras; O não pagamento das indenizações aos servidores de direito; O não repasse ao Igeprev(parte patronal); O caos na saúde; A não aplicação dos 25% dos recursos na Educação; O sucateamento das unidades escolares; As pedaladas com os recursos da União e tantos outros que solidificam a indignação do servidor público.

Não dá pra ficar mantendo a mesma resposta e mostrando o contrário. A Educação precisa de valorização e não se faz valorização com boa intenção.

Diante do atual cenário, o governo se mostra alheio a indignação dos/as servidores/as públicos estaduais que encampa a primeira greve geral do Estado.

A Educação tem uma pauta de reivindicações que a toque de bom senso se resolve, não estamos pedindo aumento, apenas reposição das perdas inflacionárias, para que os/as professores/as e os/as servidores/as públicos em geral consigam manter o mínimo de qualidade de vida a suas famílias.

Att.

José Roque Santiago
Presidente do SINTET