Escolas indígenas Karajá, da Ilha do Bananal emitiram através de carta, um parecer de adesão e apoio à greve da Educação. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada na Aldeia Santa Isabel, do Morro-Ilha do Bananal, no último dia 09.
De acordo com carta assinada por professores, comunidade e lideranças indígenas enviada ao presidente do SINTET, José Roque Santiago, o apoio à greve se dá em função do descaso do governo com as escolas indígenas.
Segundo relata a carta, as escolas indígenas vêm sofrendo há vários anos por falta de compromisso por parte do governo do Estado, no que se refere às escolas, alegando sempre a falta de recursos financeiros para atender as solicitações. Já tem mais de 2 (dois) anos que não se realiza Formação Continuada, concursos, falta de reforma geral nas escolas indígenas, falta de material didático (livros), falta de carteira para os alunos, na maioria das vezes os alunos dividem uma carteira para sentar , mesa para os professores, falta de diários eletrônicos (continuam fazendo diários manual), dentre outros.
A paralisação dos profissionais da educação, principalmente dos professores conta com apoio dos lideres indígenas (caciques), que reivindicam ainda:
- Realização de concursos públicos para escolas indígenas;
- Contratação de professores conforme a necessidade;
- Contratação de administrativos atendendo Critério de lotação;
- Equiparação salarial de professor normalista (contratado);
- Melhoria de condições de trabalhos aos profissionais das escolas;
- Aquisição de carteira para alunos;
- Aquisição de mesa de professor com cadeira;
- Sistematizar o trabalho dos professores (diários eletrônicos);
- Sistematizar a situação dos alunos;
- Transparência sobre os recursos da Associação de Apoio as escolas Indígenas administrado pela Diretorias Regionais;
- Realização de planejamento participativo;
- Transparência nas ações administrativas;
- Prestação de contas sobre os recursos do PNAE, dentre outros;
- Implantação de Laboratório de informática;
- Construção de Escolas onde não possui prédio escolar;
- Construção de Biblioteca;
- Construção de quadra poliesportivas com cobertura em todas as escolas indígenas;
- Climatização de todas as salas das escolas;
- reforma geral das escolas;
- Reforma geral na cozinha atendendo a recomendação do FNDE;
- Conclusão imediata das obras em andamento;
- Aquisição de Kit de computadores;
- Aquisição de maquina copiadora.
Na carta, a comunidade ressalta o imenso orgulho das comunidades escolares indígenas em participar desse movimento grevista.