A greve é um direito constitucional. Trata-se de um secular instrumento de defesa dos trabalhadores contra a opressão dos seus patrões. É um ato de rebeldia. Assim, informamos aos nossos filiados da rede estadual de ensino que a greve nacional do dia 28 de Abril foi aprovada por nossa confederação, a CNTE e o SINTET enviou ofício para a secretária estadual de educação informando do movimento, mesmo sendo de conhecimento de toda a nação, desde o chamamento das centrais sindicais no início de abril e amplamente divulgado, inclusive pelos meios de comunicação de abrangência nacional.

Especificamente na rede estadual, as escolas que estão seguindo o calendário oficial de 2017, a sexta-feira é conselho de classe e dia não letivo e o sábado é também dia não letivo. Conclui-se, portanto, que não se poderá cortar o ponto da sexta-feira e nem a escola distribuir o conselho para o sábado, pois não letivo, não podendo também ser cortado.

O SINTET já questionou a SEDUC em relação a dias não letivos inseridos no calendário escolar para os conselhos de classe, dias estes que poderiam e deveriam ser letivos, pois trabalho pedagógico de suma importância.

Recebemos informações que alguns diretores estão exigindo que os que aderirem à greve assinem uma declaração. Essa exigência é ilegal, inconstitucional e caracteriza assédio moral, devendo ser denunciado ao SINTET. Ninguém deve assinar nada, apenas informar que vai aderir ao movimento grevista afirmando sua consciência política pelo momento crucial que o país está vivendo, momento este em que os trabalhadores estão vendo seus direitos serem usurpados e extinguidos.

Aos que lutarem poderão dizer para a História que não foram omissos.

Trabalhadores e Trabalhadores, uni-vos!
Palmas-TO, 27 de Abril de 2017.

José Roque Rodrigues Santiago
Presidente do SINTET