Governo não recebe sindicatos e diz que não tem como cumprir data-base

14/06/2017 14/06/2017 16:23 2704 visualizações

Data-base 2017 da rede estadual


Governo não recebe sindicatos e apresenta proposta de pagamento da revisão geral anual (data-base 2017) da rede estadual para a partir de janeiro de 2018.
O governo alega que o Estado não tem condições financeiras, no momento atual, para o cumprimento imediato do percentual de correção anual, que é de 3,98%, com base do INPC dos últimos doze meses.

Na semana passada, os secretários de Articulação Política e da Administração estadual, João Emídio e Geferson Barros receberam os presidentes dos sindicatos representantes das diversas categorias para tratar da pauta da data-base e confirmaram que ainda na terça-feira, 13(ontem) receberia os sindicalistas para apresentar a resposta da proposta encaminhada pelas entidades.

Sem comunicado oficial, sindicalistas foram a Secad na tarde desta quarta, 14, cobrar um posicionamento do governo. A resposta foi recebida em forma de ofício circular, n° 28/2017. De acordo com o documento da Secad, o impacto causado com o reajuste seria em mais de dez milhões de reais na Folha, o que representa um acréscimo de 2,59% nas despesas do executivo.

O documento relata ainda que sobre as progressões funcionais 2015, a Secad tem realizado estudos para sua implementação, mas sem data prevista. E encerra dizendo que o único compromisso a ser cumprido dentro da disponibilidade financeira do Estado é o pagamento da Folha de subsídios e vencimentos e o cumprimento da data-base 2016, como vem sendo feito.

Posicionamento do SINTET
Indignado, o presidente do SINTET, José Roque Santiago informa que já conversou com os representantes dos demais sindicatos, que juntos devem discutir e formular um documento contrapondo o governo e cobrando implementação imediata da data-base 2017, dos retroativos e das progressões.
“Não vamos recuar a luta, precisamos da união da categoria para mais este enfrentamento contra o descaso do governo para com a classe trabalhadora desse Estado”, pontua José Roque.
O SINTET participa na sexta-feira, 16, de uma reunião com as entidades interessadas para discutir a contraproposta.