Foram registradas manifestações com adesão dos profissionais da educação em pelo menos vinte cidades no Tocantins
Cerca de cinco mil pessoas, entre profissionais da educação pública, estudantes, representantes das centrais sindicais, movimentos sociais, estudantis e culturais juntos com diversas outras categorias profissionais foram as ruas nesta sexta-feira (14), protestar contra a reforma da previdência e contra os cortes na educação, em Palmas.
A manifestação começou às 8 horas, na Quadra 108 Norte, na Avenida JK, mas os manifestantes só tomaram as ruas em passeata por volta das nove e meia da manhã.
Faixas, cartazes, tambores, megafone e carros de som foram usados para chamar a atenção dos caminhantes e do comércio na avenida. Os protestos são principalmente contra a reforma da Previdência, considerada a medida mais truculenta do governo contra a classe trabalhadora e contra os mais pobres. Os cortes na educação também foram mencionados nas falas dos representantes dos servidores públicos federais da UFT e do IFTO, bem como do movimento estudantil.
Para o presidente da CUT e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), José Roque Santiago, a PEC da reforma é uma enganação contra a classe trabalhadora. “Não é reforma, é o fim da aposentadoria, por isso convocamos a classe trabalhadora, os profissionais da educação para juntos defendermos o direito da aposentadoria, que com essa proposta do governo vai acabar, precisamos lutar contra o fim da Previdência social”, disse José Roque.
Pauta estadual e municipal também foram cobradas
Além dos protestos contra o governo Bolsonaro, também houve protestos contra o governo estadual. Representantes dos servidores Públicos estaduais cobraram do governador, Mauro Carlesse o pagamento da data-base que está atrasada, e que até agora o governo tem ignorado discutir a pauta. Também teve cobrança na esfera municipal, onde servidores cobraram da prefeita Cintia Ribeiro o cumprimento dos planos de carreiras dos servidores públicos municipais.
Os representantes sindicais lembraram que é preciso cobrar dos parlamentares tocantinenses, deputados federais e senadores que se posicionem em favor do povo, da classe trabalhadora para que votem contra a reforma.
O ato encerrou por volta do meio dia nas proximidades do Palácio Araguaia.
GREVE GERAL
O Sintet, atendendo a convocação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) convocou a categoria para aderir à greve geral da classe trabalhadora chamada pela CUT e outras centrais sindicais em todo o país.
No Tocantins, além de Palmas foram registradas manifestações da Greve Geral, com adesão da Educação nas cidades de Araguaína, Augustinópolis, Tocantinópolis, Sítio Novo, Buriti do Tocantins, Carrasco Bonito, Axixá, Novo Acordo, Peixe, Gurupi, Arraias, Aurora do Tocantins, Dianópolis, Porto Nacional e Lavandeira. Nestas cidades houve paralisação total e parciais nas escolas.
Na Regional de Arraias, algumas escolas confirmaram adesão à Greve Geral, sendo: em Aurora do Tocantins - Ranulfa e Escola Municipal Marcolina; Colégio Estadual Lavandeira em Lavandeira; Colégio JBC, Escola Zulmira Magalhães - Canabrava e CMEB Livia Lorena, ambos em Arraias.
Em Palmas, até o fechamento da matéria foi identificado adesão à greve em aproximadamente quinze escolas.
ATO EM TAQUARALTO
Ainda na agenda da greve geral, uma manifestação será realizada às dezessete horas, na Avenida Tocantins, em Taquaralto. A decisão de realizar um segundo ato na capital é devido ao grande fluxo do comércio no local.
As centrais sindicais CUT, Pública, CTB, Força sindical, UGT e CSP/Conlutas, com apoio da Frente Brasil Popular organizaram o ato em Palmas.