Sintet realiza roda de conversa sobre educação, feminismo e gênero

16/09/2019 16/09/2019 16:35 509 visualizações


Com o tema “Conversa com Mulheres: Educação, Feminismo, Gênero, Desafios e Possibilidades”, o Sintet Regional de Palmas realizou no último sábado, (31), uma roda de conversa como as trabalhadoras da educação, em Palmas.
No encontro, as mulheres soltaram a voz e debateram sobre o cotidiano da vida das mulheres e seus papéis na sociedade, trabalho doméstico, criação dos filhos, múltipla jornada, trabalho, direitos, respeito, assédio e violência foram alguns dos assuntos abordados.

A professora da UFT, Gleys Ialli, uma das interlocutoras do evento, avaliou a realização do encontro como importante diante da atual conjuntura. “Diante da conjuntura de criminalização dos sindicatos, da criminalização da educação, juntos esses dois campos, são os campos que efetivamente movimentam a sociedade, sobretudo a sociedade brasileira, que a gente sabe que é toda excluída, e que é a escola que acolhe, são os sindicatos que organizam basicamente as resistências, acho importante que parta daqui esse debate, e principalmente, por que a gente está coagida a fazer esse debate sobre as mulheres, sobre gênero, por que o que aí está, está dizendo que a gente não tem que fazê-lo.

“Esse tipo de espaço é extremamente importante por que nos permite pensar o nosso cotidiano não verbalizado, por que nada do que a gente discutiu aqui é desconhecido por nenhum de nós, pelos homens que estiveram aqui presente, mas é preciso verbalizar isso, então é muito importante a criação de espaços como estes, que sejam incentivados e repetidos. Falar as violências é necessário para diagnosticá-las, para pensar mecanismos de saída, nomear as violências é fundamental, por isso a importância desses espaços”, disse a interlocutora, que é advogada e representante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), Emilleny Lázaro.

Elcimara de Souza, representante da CSP – Conlutas do Distrito Federal, disse que essa discussão sobre educação, a questão do feminsmo, machismo, é muito importante. “Essa discussão é muito importante, principalmente por que a gente ta aqui falando hoje numa atividade de uma categoria que é basicamente formada em sua maioria por mulheres. O sindicato está de parabéns por fazer essa atividade, e é necessário que para além desse momento, que amplie e faça outros momentos de debate, por que principalmente, a gente vive numa conjuntura em que tem um aumento de um setor conservador, que tem vindo com pautas, que para dentro das escolas significa, a questão da escola sem partido, da militarização e que tenta calar aí a liberdade dos professores e professoras, de em sala de aula trabalhar pautas que são mais progressistas, e que são do respeito a diversidade e a pluralidade, então é necessário que a gente faça sim essa discussão, que a gente aponte os dados, que aponte os dados de violência contra a mulher, de estupro, de feminicídio, que a gente mostre cada vez mais que as mulheres são vitimas nessa sociedade e que a gente precisa combater isso”, disse a interlocutora.

Segundo a vice-presidente do Sintet Regional de Palmas e uma das organizadoras do encontro, Rose Marques, o evento superou as expectativas. “Esse foi um momento riquíssimo de debates, muito interessante e que contou com a participação de fala de todas as mulheres presentes, superou nossa expectativa, muito rico nosso debate”, disse Rose.

A Secretária da Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Cleide Diamantino, também contribuiu com o debate. O presidente do Sintet/CUT, José Roque Santiago realizou a abertura do evento e parabenizou as mulheres pela iniciativa e determinação de promover o espaço de debate.