O Sintet convida mães, pais, estudantes, professores e a sociedade em geral para participem da Audiência Pública para discutir os impactos do novo ensino médio que acontece nesta quinta-feira, 27 de abril, às 15 horas, na Assembleia Legislativa em Palmas.
Entenda o Novo ensino Médio
Para o Sintet, a reforma do ensino médio é um retrocesso e precisa ser revogada. Seu currículo coloca em risco o desenvolvimento de habilidades fundamentais dos estudantes, visto que muitos conteúdos passaram a ser contemplados de forma superficial.
O chamado “Novo Ensino Médio” é fruto da lei 13.415/2017, aprovada pelo Governo Federal na gestão de Michel Temer. A medida alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para o Ensino Médio, diminuindo progressivamente as disciplinas tradicionais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Desde a aprovação, em 2017, a lei enfrenta resistências.
O novo ensino médio extingue da grade curricular várias disciplinas essenciais para a formação de cidadãos reflexivos, ele ainda afeta os estudantes porque muitos não estão cursando os itinerários formativos escolhidos e, aqueles que cursam, percebem que o projeto pedagógico “é raso”.
Com discurso de inovar o ensino, a medida extermina o ensino de qualidade. Pela nova diretriz, “itinerários formativos” substituíram disciplinas de biologia, física, química, história, geografia, filosofia e sociologia, bem como diminuíram, consideravelmente, as aulas de língua portuguesa e matemática. Além disso, como há escolas não preparadas para contemplar todos os itinerários, muitos estudantes estão cursando grades que não optaram.
Os “itinerários formativos” são um conjunto de matérias complementares, que seguem a área que o estudante escolheu para se especializar – humanas, exatas ou biológicas. Eles correspondem a 40% da carga horária. As disciplinas “tradicionais” ocupam o restante.
A nova diretriz do ensino médio ignora a desigualdade presente na infraestrutura das escolas públicas, aumenta o desinteresse pela aprendizagem e não equipara devidamente a BNCC como prometido, visto que as bases teóricas verdadeiramente necessárias para a formação crítica e científica foram substituídas por um ensino fraco e repetitivo.
Para o Sintet, as mudanças na grade curricular impactam negativamente a formação dos estudantes porque se trata de uma medida excludente. Com o novo ensino médio os alunos não estarão preparados para concorrer aos próximos vestibulares.