Mais uma das pautas dos profissionais da educação reivindicada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no
Estado do Tocantins (Sintet) foi atendida nesta sexta-feira (26). A Prefeitura de Palmas anunciou a contratação da banca para o concurso da educação com mais 2,2 mil vagas imediatas e mais 1,1 mil para cadastro reserva. O anuncio acontece no mesmo dia da paralisação da educação em protesto pela qualidade da educação pública.
O concurso público será realizado pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e oferta 1.488 vagas de nível superior imediatas e 814 para cadastro reserva. Para nível médio serão 770 vagas imediatas e 380 para cadastro de reserva.
“O anuncio do concurso da educação vem após uma longa luta pela garantia da sua realização através de cobranças, negociações e até mesmo notícias de fato e abaixo-assinado junto ao Ministério Público onde o Sintet provocou o órgão evidenciando a necessidade do concurso, uma conquista da nossa luta”, disse o presidente do Sintet Regional de Palmas, Fábio Lopes.
Paralisação x 25º Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública da CNTE
Os trabalhadores da educação básica das redes públicas de ensino estadual e municipais se reuniram em um ato público na sexta-feira, 26 de abril no Parque dos Povos Indígenas em Palmas, em protesto pela pauta de reivindicações da categoria. O ato integra o calendário de mobilizações da 25º Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública organizada pela Confederação Nacional da Educação (CNTE), entidade a qual o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) é afiliado.
Pauta de reivindicações
Durante a manifestação pública, tantos os líderes sindicais quanto os demais trabalhadores puderam expressar suas reivindicações. A pauta consiste no debate da reformulação do PCCR da rede estadual e a convocação de todos os aprovados do concurso da SEDUC; na necessidade urgente da realização do concurso público para a educação de Palmase a eleição para diretor de escola na capital.
Filiação e fortalecimento da luta sindical
O presidente do Sintet Regional de Palmas Fábio Lopes ressaltou a importância da mobilização e participação da categoria nas paralisações para fortalecimento da luta sindical.
O dirigente sindical Antonio Chadud afirmou que “a educação tem o maior orçamento, a maior categoria e a pior carreira em termos de valorização, e que essa realidade precisa ser mudada. ” Ele também ressaltou a necessidade de revogar a reforma da previdência.
A vice-presidente do Sintet Regional de Araguaína, Silvinia Pires participou do ato em Palmas, o que ela chamou de “aula de cidadania”, ela pontuou também sobre a organização da categoria. “O político teme o povo organizado e a categoria precisa ter consciência de organização - o Sintet fez uma grande luta pela realização do concurso da educação, e hoje persiste lutando pela convocação de todos os aprovados, é necessário reconhecer essa conquista e participar dessa luta”, disse Silvinia.
Luta pelo PNE
O diretor da CNTE e secretário-geral do Sintet, Carlos de Lima Furtado parabenizou a regional pela aula de cidadania sobre os direitos da categoria e pelo ato reforçando a luta da 25º semana da educação promovida pela CNTE em defesa do PNE. “Queremos que o PNE seja implementado e respeitado, e não fugiremos dessa luta”, disse Carlos.
Eleições municipais
Fábio Lopes falou do momento em que se aproxima as eleições municipais e a importância de ouvir os candidatos ao executivo municipal, bem como apresentar a pauta de reivindicações da categoria e firmar um compromisso com a pauta da educação. “Vamos conversar com todos os candidatos menos com o inimigo da educação”, pontuou Fábio Lopes ao se referir ao ex-prefeito que cortou os pontos dos professores durante uma greve em Palmas.
Redistribuição de vagas e convocação de aprovados do concurso da SEDUC
O presidente do Sintet, José Roque Santiago falou da cobrança ao governo estadual sobre novas convocações e redistribuição das vagas para os aprovados. O quadro precisa ter a maioria de efetivos, e essa não é a realidade que temos. “Não somos contra o pessoal contatado, mas contra o modelo precarizado de contratação”.
Reformulação do PCCR
O presidente falou ainda da luta pela reformulação do PCCR estadual, que está em discussão com o governo para que este executado até agosto, prazo discutido com a gestão. Ele ainda falou das lutas judiciais defendidas através de ações pela cobrança dos direitos. “Nossa defesa é pela garantia dos nossos direitos, seja nas vias administrativas, seja nas vias judiciais”.
Diretores do Sintet de várias regiões do estado participaram do ato em Palmas. A mobilização foi encerrada com momento cultural e música ao vivo.