O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), através da Regional de Araguaína, manifesta repúdio ao ato do prefeito Wagner Rodrigues, que encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei que reestrutura o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) do magistério municipal.
O novo texto, além de revogar integralmente as leis anteriores que regem o plano, a Lei nº 1.940 (inicial) e a Lei nº 2.432/2005 (vigente), reduz direitos históricos conquistados pela categoria, como os percentuais de gratificação para professores com titulação. Pela proposta, a gratificação por pós-graduação, que atualmente é de 50%, seria reduzida para 10%, afetando também os percentuais relativos ao mestrado e doutorado.
Para o Sintet, a iniciativa demonstra desrespeito e falta de diálogo com os profissionais da educação, especialmente por ter sido apresentada na véspera do Dia do Professor, data que deveria ser marcada por reconhecimento e valorização.
“O prefeito de Araguaína demonstra o desprezo que tem pelos professores ao enviar um projeto dessa natureza sem qualquer diálogo com a categoria, surpreendendo a todos e atacando conquistas históricas do magistério. É um verdadeiro presente de grego aos educadores”, declarou a direção regional do Sintet.
O sindicato repudia a postura autoritária do gestor municipal, que, para o Sindicato, age como se a prefeitura fosse uma extensão de seus interesses pessoais, sem ouvir os trabalhadores nem promover o debate democrático.
A votação do projeto não ocorreu nesta segunda-feira (13) devido a um curto-circuito nas instalações elétricas da Câmara Municipal de Araguaína, que causou a evacuação do plenário e a suspensão da sessão legislativa.
O Sintet reafirma que seguirá mobilizado e vigilante para impedir retrocessos e garantir o respeito aos direitos dos profissionais da educação.