Os profissionais da rede municipal de educação tomaram a Avenida JK, em Palmas, na manhã desta quarta-feira, 26 de novembro, durante um ato público em protesto contra o atraso no pagamento de direitos básicos da categoria, como o reajuste do piso do magistério referente a janeiro de 2025 e a data-base dos anos de 2024 e 2025.
A paralisação atingiu cerca de 90% das escolas de Palmas, e a estimativa é que aproximadamente mil pessoas tenham participado da manifestação. A caminhada começou nas proximidades do Colégio São Francisco, na Avenida JK, e seguiu até a prefeitura, onde dirigentes do Sintet realizaram falas cobrando o cumprimento dos direitos dos profissionais da educação.
Entre as críticas, destacou-se a avaliação de que o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, estaria disputando o “título” de inimigo número 1 da educação, posto antes atribuído ao ex-prefeito Carlos Amastha. Eduardo foi acusado de prometer e não cumprir com a valorização da categoria. Representantes da Secretaria Municipal de Educação também foram criticados por atuarem como aliados incondicionais da gestão, ocupando cargos comissionados e, segundo denúncias, ameaçando servidores para que não participassem da manifestação, conduta considerada ilegal.
Carros de som, faixas e cartazes marcaram o protesto, que ainda contou com batucada e paródias musicais ironizando o prefeito, como a que dizia: “Se não pagar a data-base, o Eduardo vai cair, vai cair”. Apesar do tom satírico, o recado foi firme. Sob o forte sol de Palmas, os educadores caminharam da prefeitura até a Câmara Municipal, onde encerraram o ato. Um grupo de vereadores recebeu a comissão de sindicalistas para discutir a pauta da educação. Para amenizar o calor, o Sintet distribuiu sombrinhas vermelhas entre os participantes.
Uma faixa gigante com a mensagem “Quem luta educa” foi erguida durante todo o percurso e estendida no pátio da prefeitura.
Para a direção do Sintet, a manifestação é uma resposta clara ao descaso da gestão com as demandas da educação. A categoria denuncia centralização de recursos, perda de autonomia das escolas, perseguição por parte de gestores indicados politicamente, ignorando eleições democráticas e, sobretudo, o atraso no pagamento dos direitos. “A categoria cansou de reunião”, afirmou Rose Marques, presidenta do Sintet Palmas.
Durante o ato, foi anunciado que, caso a prefeitura não pague os direitos atrasados, as aulas não serão retomadas no início do ano letivo de 2026. O recado foi direto: se não pagar, vai ter greve.





