Os representantes do Movimento de União dos Servidores Públicos Civis e Militares (Musme) se reuniram na noite desta segunda-feira, 24, para deliberar posição sobre o encerramento das negociações referente a revisão da data-base, já informado pelo governo do Estado. As entidades sindicais integrantes do Musme vão ouvir as bases das categorias, mas orientam de antemão que a greve geral continua.

O MUSME tinha uma reunião marcada na tarde desta segunda-feira, 24, entre o Musme e o Comitê Gestor, agendada através do secretário, Lyvio Luciano. Mas o comitê não recebeu os representantes sindicais e após mais de duas horas, via ofício trazido pelo secretário de comunicação do Estado, Rogério Silva, o governo encerrou as negociações alegando falta de recursos.

Para o presidente do SINTET, José Roque Santiago, a atitude do governo do Estado de encerrar as negociações foi no mínimo antidemocrática. “O fato de o governo alegar não ter recurso não põe fim a greve. Quem chamou a greve foram os/as trabalhadores/as e quem deve encerrar a greve são os/as trabalhadores/as por meio de assembleia”, disse José Roque.

A greve continua! Os sindicatos durante esta semana vão conversar com as categorias para definir os próximos passos do movimento.
A greve dos servidores públicos estaduais do quadro geral, educação e saúde já completou 78 dias.

Relembre a proposta apresentada pelo governo:
*Pagar 2% em janeiro de 2017 - impacto de R$ 62.538.34,46 na folha.
*A segunda parcela de 2% ficaria para maio de 2017,
*E a terceira parcela de 5,83 % para outubro.
*A redução da jornada de trabalho para seis horas diárias corridas a partir de outubro.
*Em relação aos retroativos da revisão de 2015, o governo também propôs quitar no ano que vem.
*Não foi apresentado plano de pagamento dos passivos de 2016.

É esta proposta que o governo do Estado mantém.